Depois de uma longa reflexão acerca da medida tomada de suspender a emissão de atestados de residência aos novos imigrantes que se dirigem ao nosso território, o executivo da Junta de Freguesia decidiu voltar atrás com esta decisão. Este retrocesso deve-se ao facto de que esta medida – que se destinava a pressionar o Governo de Portugal a mudar a sua forma de olhar para os problemas provocados no território pela pressão de uma imigração sem limitações, que se têm revelado na falta de capacidade de resposta dos vários serviços públicos (ao nível da saúde, segurança, e educação), na falta de habitação para esses imigrantes e consequentemente também para os locais, na pressão social provocada pela sobrelotação de habitações, e neste momento neste encerramento de várias atividades económicas na sequência das medidas do estado de emergência, pelo facto destas pessoas não serem contabilizadas como habitantes mas somente como casos positivos de Covid 19 – estava a penalizar principalmente os imigrantes, que são o elo mais fraco da cadeia, que vêm para Portugal à procura de uma vida melhor, tal como os portugueses o fizeram ao longo da história.
O que é necessário para já, neste momento de emergência e que vamos continuar a exigir do Governo, são medidas concretas para controlar esta pandemia, como a criação de centros de internamento para todos os casos positivos de Covid, para todas as pessoas que não tenham condições de isolamento nas suas habitações, e também para garantir que os casos de infeção são isolados de forma a não permitir a disseminação da pandemia no território. Exigimos também o reforço da GNR para que os casos positivos que estão confinados nas suas habitações possam ser controlados.
Relativamente à falta de condições dos serviços públicos e ao nível habitacional, iremos continuar a fazer parte dos grupos de pressão já existentes no Concelho, para exigir um olhar diferente que possa levar à melhoria das condições de vida na nossa terra.
INFORMATION
After a long reflection on the measure taken to suspend the issuance of residence certificates to new immigrants coming to our territory, the executive of the Parish Council decided to go back with this decision. This setback is due to the fact that this measure – which was intended to pressure the Government of Portugal to change its way of looking at the problems caused in the territory by the pressure of immigration without limitations, which have been revealed in the lack of capacity response of the various public services (in terms of health, security, and education), in the lack of housing for these immigrants and consequently also for the locals, in the social pressure caused by the overcrowding of housing, and at this moment in this closure of several economic activities following the measures of the state of emergency, because these people are not counted as inhabitants but only as positive cases of Covid 19 – it was penalizing mainly immigrants, who are the weakest link in the chain, who come to Portugal looking for a better life, just as the Portuguese have done throughout history.
What is needed for now, at this time of emergency and which we will continue to demand from the Government, are concrete measures to control this pandemic, such as the creation of housing centers for all positive cases of Covid 19, for all people who have not conditions of isolation in their homes, and also to ensure that cases of infection are isolated in a way that does not allow the spread of the pandemic in the territory. We also demand the reinforcement of the GNR so that the positive cases that are confined in their homes can be controlled.
Regarding the lack of conditions of public services and housing, we will continue to be part of the pressure groups that already exist in the County, to demand a different look that can lead to the improvement of living conditions in our land.